sexta-feira, 2 de maio de 2008

Corinthians 4 - Goiás 0

Por isso que o futebol é o esporte mais popular do mundo.

Não, não vou falar 'Quem diria que o Corinthians venceria por 4-0?', isso eu leio em qualquer lugar e aqui, não estamos em qualquer lugar.

Quem assistiu ao jogo, principalmente quem esteve no Morumbi, presenciou uma partida de futebol simplesmente inesquecível, de contar para quem quiser (ou não) ouvir daqui 20 anos. Daqui uns anos um pai que estava no Morumbi na quarta-feira com 13 graus, garoa e mais 51 mil pessoas contará a história a seu filho, ainda não muito entendendor do que significa o futebol e muito menos o Corinthians e ao lembrar do dia o pai se emocionará, passará o sentimento ao filho que ao final da história dirá: 'eu sou corinthiano'.

Os alvinegros se lembrarão da noite de Corinthians 5 - Cianorte 1, mas esse jogo abre a possibilidade para os rivais perguntarem: 'Quem é Cianorte?', e a mesma pergunta, trocando o Cianorte pelo Goiás, não caberá dessa vez, ainda porque em 30 minutos de jogo o Corinthians já vencia por 4-0.

Eu era um dos que desconfiavam da virada alvinegra, mas Mano Menezes mostrou ser realmente bom nesse tipo de situação. Não foi a primeira vez que virou um placar tão difícil e adverso, ano passado fez isso contra o Caxias na final do Campeonato Gaúcho e foi a partir daí que o Grêmio fez uma campanha muito além do que a qualidade de seus jogadores permitia.

Quarta-feira Mano escalou o Corinthians como o Grêmio do ano passado, num 4-4-2, as vezes 4-5-1, com um lateral equerdo que apoiasse bastante. No ano passado o Grêmio tinha Patrício na lateral direita, ele apoiava, mas não tanto quanto o Lucio, ex-Palmeiras, pela esquerda, que era quase um meia. No meio campo, dois volantes, Edmilson, Lucas, Sandro Goiano e Gavilan disputavam as duas vagas e dois meias, que quando o time perdia a bola se tornavam 3 meias, Diego Souza pela direita, Tcheco pelo meio e Carlos Eduardo pela esquerda, que se tornava um atacante quando o time tinha a bola e se juntava a Tuta.

Quarta-feira, contra o Goiás, Mano escalou dois volantes, Perdigão e Fabinho, um lateral direito que se matava em campo e atacava algumas vezes, um lateral esquerdo habilidoso, que parecia um meia quando o time tinha a bola e os 3 'meias', Lullinha na direita, Diogo Rincón no meio e Dentinho na esquerda, que ocupava o setor esquerdo do ataque quando a equipe tinha a bola e fazia companhia a Herrera enquanto Andrè Santos chegava armando o time pelo meio campo. Quando saia com a bola pelo seu campo de defesa, Carlos Alberto via Lulinha puxar a marcação para o meio e enfiava a bola no corredor que se abria a sua frente. Assim, e com uma marcação sufocante, que não deixava o Goiás dar 3 toques seguidos na bola, o Corinthians fez 5-0 em 35 minutos (o quinto gol não valeu, mas foi feito) em um dos jogos mais marcantes que eu vi na minha vida tamanho o 'amassamento' que o time de Mano Menezes fez com o de Caio Junior, por sinal, o mesmo técnico que comandava o Cianorte em 2005.

O Corinthians pode ter encontrado a força necessária para subir sem sustos para a Série A e Mano Menezes pode ter enxergado que pode jogar com 2 meias sem o time ser tão vulnerável. É esperar para ver.





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