sexta-feira, 14 de março de 2008

Libertadores

Buonanotte
Meia esquerda do River Plate. Baixinho, canhoto, rápido, boa visão de jogo, ótimos passes e lançamentos. Revelado no próprio River, começou a aparecer no time principal em 2006, tem 19 anos. Pode ser um dos futuros jogadores da seleção argentina.

Cabañas
Esse já é mais velho (28 anos). Mas eu o considero o melhor centroavante, daqueles 'fazedores' de gols, do mundo. Cara de indio, cabeludo, mas que faz gol com as duas pernas e do alto de seu 1,73m faz gol de cabeça com imensa facilidade também. Está no América do México, time de Sebástian Dominguez, ex-zagueiro do Corinthians) desde o segundo semestre de 2006 e já desbancou a eterna promessa Santa Cruz no comando de ataque de sua Seleção, o Paraguai. Quando tiverem oportunidade de acompanhar ou o América na Libertadores ou a Seleção Paraguaia, prestem atenção. Salvador Cabañas.

Vale destacar também mais um jogador e uma equipe. No mesmo América do México, o goleiro Francisco Guillermo Ochoa, de 23 anos. Belíssimo arqueiro. E a surpresa Universidad de San Martin, do Peru, que apesar de ter perdido para o América-MEX ontem, joga um futebol solto, com jogadores habilidosos. Bom time.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Corinthians

Mais uma vez o Corinthians não jogou nada. Dessa vez o adversário foi o grande Rio Preto.

Mano resolveu escalar André Santos no meio campo. Tudo bem que o jogador já exerceu essa função em anos anteriores na carreira, mas colocá-lo assim, sem mais nem menos, sem treino, depois de muito tempo, é acreditar em milagres. Montou o time com o losango no meio de campo e acabou impedindo assim que Diogo Rincón jogasse. Esse último fez uma boa partida contra o Guaratinguetá, distribuiu bem as jogadas, com rapidez, passes longos e certeiros, não que seja um craque, mas fez o que os que entendem do assunto sempre falam: "quem corre é a bola". Eis que depois de uma boa exibição, Diogo apareceu jogando enfiado, bem próximo aos dois atacantes. Distante da sua função correta e consequentemente distante do seu futebol. Quando a bola caia pelos lados do campo e um jogador procurava alguém pelo meio, encontrava Perdigão. Este, por sua vez, parece que gastou todos os passes certos nos primeiros 3 jogos com a camisa alvinegra, já não acerta nem lateral mais.

A equipe continua sem jogar. Jogar eu digo no sentido de colocar a bola no chão, ter jogadas ensaiadas, ultrapassagens, tabelas... Mas não, o Corinthians não faz nada. Apresenta um futebol medíocre, que apenas busca fazer um gol para vencer a partida e depois passa o resto do tempo segurando o placar. Desculpe, mas é nojento. Jogar mais de 30 minutos com um jogador a mais do que o RIO PRETO (!?!?!?) e recuar esperando o adversário, substituir um atacante por um zagueiro? Creio que não foi por isso que aprendemos a gostar de futebol. Ou os lances de Ronaldinho, Robinho, os belos gols, belas jogadas não encantam a você, torcedor?

Tenho nojo de times que praticam esse futebol, assim como sinto nojo do time do São Paulo campeão brasileiro de 2007, da Seleção Brasileira de 2002. Não foi ganhar ou perder que me fez gostar de futebol, foi a beleza de uma jogada, de um time trabalhando em conjunto, de uma jogada de um craque. Respeito técnicos vencedores, mas nunca vou concordar com esse estilo de jogo.

Também me recuso a aceitar comentários de que Chicão e William são melhores jogadores do que os zagueiros que estavam no Corinthians no ano passado. Chicão e William parecem duas vacas tontas na zaga da equipe. Reparem, por favor. Ambos correm atrás dos atacantes adversários feito loucos, deixando o miolo da zaga aberta e pedindo para tomar gol assim. Contra o Gua´rá esse tipo de lance aconteceu com sucessivas falhas de Chicão, hoje William entrou na dança. Dois beques horrorosos protegidos por um esquema de medo.

Eu queria apenas registar um comentário extra.

Chicão, William e Mano Menezes.

Se não me engano, no jogo contra o Mirassol, Chicão falhou em uma marcação e saiu, aos berros, cobrando do lateral Coelho pela falha. A torcida corinthiana, que tanto valoriza os pratas da casa (?????) gritou o nome do recém chegado zagueiro, que nem sabe o que é Corinthians ainda. Que ainda não encarou uma crise no Parque São Jorge. Chicão admitiu a falha, mas não se desculpou com Coelho na frente de todos. Assim como gritou para o público todo, devia ter chamado a imprensa para assumir uma falha. Coelho, que já tinha passado negro na Fazendinha, foi embora.

William, zagueiro de 31 anos, que nunca obteve destaque em clube algum, que não tem história nenhuma no futebol e hoje é capitão (!!!) de um dos maiores clubes do mundo foi outro que chegou 'botando a banca' de super homem. Vira e mexe grita com Lulinha, ficou do lado de Chicão na discussão com Coelho. William, meu caro, gritar com o Lulinha é fácil né? Por que contra o Rio Preto você não olhou nos olhos do André Santos como fez com Lulinha? E você Sr. Mano Menezes, por que é tão bravo com Lulinha e Heverton (seu armador que não acerta MEIO passe) e com o William, Alessandro, Herrera e outros dos seus queridinhos você não grita?

Personalidade e caráter. Ou você tem, ou não tem.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Chata, porém necessária, nota da arbitragem.

Relutei, mas depois desse final de semana não consigo mais me segurar.

O que anda acontecendo com a arbitragem brasileira?

Vejam, como eu disse na primeira palavra desse post, 'relutei...', eu realmente tentei não fazer nenhum tipo de comentário. Sou o tipo de gente que acha que uma vitória contra um time inferior não depende de um pênalti não marcado, ou de um jogador que não foi expulso. Acredito cegamente que os juizes da bola erram tanto para os azuis, quanto para os vermelhos, amarelos, pretos, verdes, brancos e assim até completar todas as cores dos uniformes de times no Brasil.

Grande prova de que não é 'roubo', é erro, aconteceu na partida de ontem entre Corinthians x Guaratinguetá. Contra os vermelhos do interior, um gol mal anulado, uma falta grave não marcada. Prejudicando os alvinegros da capital um jogador adversário que tomou dois cartões amarelos e não foi expulso.

Como eu sempre acreditei e vou continuar acreditando, é erro e não roubo, natural do futebol, um jogo ajuda o vermelho, no outro prejudica o mesmo. O problema é a ENORME quantidade de falhas que estão acontecendo ultimamente.

Antes dos jogos de domingo eu falei para o meu pai: "Ao fim do dia veremos times reclamando da arbitragem". Pronto, não deu outra. Ficou comum. Faz parte do dia-a-dia agora. Podemos aqui falar do Paulo César de Oliveira no jogo entre Bragantino e Palmeiras, do bandeirinha de Santos e Noroeste...

É MUITO chato ouvir técnico reclamar que o trabalho da semana inteira dele foi pro lixo por um erro de arbitragem. Na semana seguinte ele não fala que o trabalho só deu resultado pela ajuda do juiz, né?

Assunto chato. Muito chato. Infelizmente as atuações dos árbitros ficam em evidência de tão ruim que são.

Comemorações

Com uma semana de atraso o blog fala sobre as comemorações provocativas que estão virando moda. Antes tarde do que nunca.

Ouve-se dizer o tempo todo sobre as comemorações: "O futebol sempre foi isso aí, não podemos deixar a graça do futebol acabar". Discordo.

Se o futebol virou profissional, tem que ser tratado como tal e os protagonistas precisam ter postura digna de tal seriedade. Incoerente a pessoa que pede aos clubes o profissionalismo do futebol europeu e defende o amadorismo em outras horas.

Quem já jogou futebol sabe o quanto uma simples 'pelada' mexe com os brios. Vira e mexe os ânimos ficam exaltados e muitas brigas acontecem em uma simples disputa entre amigos. Respeito ao companheiro de profissão e, muito além disso, respeito ao ser humano que defende outra 'empresa'.

Quando falamos em provocar o adversário, é sempre no sentido de fazer perder a calma, irritar, perturbar alguém. Isso, sabemos, não é sadio. Ponha-se no lugar do jogador irritado.

Não concordo com esse tipo de comemoração. Souza errou. Valdívia errou. Podem ambos serem agredidos por tais fatos, agressão não justifica, mas normalmente tem motivo. Não se pode punir apenas o agressor, afinal, se esse não tivesse sido provocado, não teria agredido. Em um caso como esse, punição para os dois. Agressão não é apenas física. Fora do futebol dizem que palavras machucam mais que socos, isso também não vale para o esporte?

André Kfouri escreveu em seu blog a respeito do Souza (recomendado na sessão 'boas leituras' do lado direito da página) e eu reproduzo aqui:

"A torcida do Flamengo é uma das coisas mais lindas do futebol. Custa-me crer que, em vez de correr na direção dela e admirar a cena, um jogador prefira outro tipo de comemoração."

Qualquer um que goste de futebol sonha em fazer um gol em um estádio para uma platéia de 100, 1.000, 10.000 ou 100.000 pessoas. Não consigo entender não só o Vladivia, mas qualquer jogadore que provoque o adversário.

Quando o Romário mandava a torcida adversária calar a bola ninguém gostava da provocação...

'Pimenta nos olhos dos outros é refresco.' É assim o ditado?