terça-feira, 12 de agosto de 2008

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Novo endereço

O FUTEBLOGUIANDO está mudando de casa.

Com cara nova, novas funcionalidades e com mais força, o FUTEBLOGUIANDO está mudando de endereço. Aliás, foi para um endereço ainda mais fácil.

Acesse aqui ou copie no seu navegador o endereço abaixo:

http://www.futebloguiando.com.br

Esperamos você lá.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Portuguesa 1 - Vitória 2

Trabalhei nessa partida no domingo.

Um grande e surpreendente jogo. Não tinha visto o Vitória jogar, sabia de alguns jogadores que estavam lá, mas ontem fiquei surpreso e satisfeito com a qualidade (Marcelo Cordeiro, Marco Aurélio, Renan, Willians e Marquinhos são gratas surpresas) e ofensividade da equipe. Aliás, é a tendência do futebol ultimamente. Times que se preocupam mais em atacar do que em defender estão ganhando os campeonatos nesse ano, Espanha, Sport, Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo são alguns exemplos disso. Talvez seja um sinal da volta do futebol ofensivo, sem tanta preocupação em como não tomar gol e sim em como fazer gol.

O Vitória jogou no 4-4-2, com volantes saindo para o jogo, com laterais que apóiam o ataque e 2 meias, ou seja, um time que procura jogar e tem qualidade para. Além de ser ofensiva, a equipe baiana fez 1-0 aos 9 segundos de jogo, mesmo com a Portuguesa dando o pontapé inicial, uma ótima demonstração do quanto a equipe paulistana estava concentrada. Até os 35 minutos do primeiro tempo o que se viu no Canindé foi um passeio que podia ter se transformado em uma goleada histórica do time visitante, dando 3 chances perdidas de lambuja, 5-0 para o Vitória nos primeiros 45 minutos não seriam exagero, mas a imensa quantidade de gols perdidos impossibilitou que isso acontecesse e o primeiro tempo acabou 2-0 com uma sensação de que "quem não faz toma".

A Portuguesa, também jogando no 4-4-2 foi amplamente dominada na primeira etapa. Não podemos, lógico, tirar os méritos da equipe do Vitória pelo excepcional primeiro tempo, mas também não iremos esconder que a Lusa tinha que ter tido mais atitude, mais força, mais resposta às investidas da equipe da Bahia. Com dois volantes muito presos na defesa, dois laterais de baixa qualidade e dois meias que ficam muito parados no campo de ataque, praticamente se marcando, a Portuguesa passou o jogo inteiro sofrendo para atacar o Vitória, mesmo depois do intervalo, em que o time melhorou e Benazzi realizou 2 alterações. A sorte da Lusa foi que o time de Vagner Mancini cansou e diminui o ritmo, além de ter tido um jogador expulso aos 16 minutos da etapa complementar. Isso fez o time baiano se fechar um pouco e jogar no contra-ataque.

A Portuguesa diminuiu com Vaguinho, outro jogador de baixa qualidade, e teve chances para empatar mas não conseguiu. O placar justo seria 5-1 para o Vitória, mas o que vimos foi um 2-1. Aqui você assiste aos gols.

Destaque da partida: Marcelo Cordeiro (lateral esquerdo) e Renan (volante), ambos do Vitória.


Fotos da partida:


Portuguesa e Vitória em campo para o início da partida.


Os primeiros segundos do jogo, momento em que Willians rouba a bola de Dias e parte para o gol do Vitória.


Bom número de torcedores do Vitória esteve presente fazendo a festa no Canindé.


Entre as duas torres de iluminação você vê um pontinho preto, era um imenso balão. Você pode ter uma idéia de como é grande comparando com os prédios que estão mais ou menos na mesma distância.


Portuguesa ataca o vitória no segundo tempo. 4.600 pessoas estiveram presentes no Canindé para assistir essa partida.

Corinthians 1 - São Caetano 0

Trabalhei nesse jogo no sábado.

Impressionante a capacidade de jogadores e técnicos engrandecerem a atuação de uma equipe. O Corinthians fez uma partida fraca contra o São Caetano, apresentou um futebol muito longe daquele que vinha mostrando antes do segundo jogo da final da Copa do Brasil contra o Sport, mas por ter conseguido voltar a vencer, jogadores, o técnico Mano Menezes e alguns comentaristas consideraram a atuação boa. Veja aqui o gol do Corinthians.

Eu continuo achando que desde que o treinador alvinegro sacou Lulinha da equipe, o futebol do Corinthians despencou. O esquema tático mudou, o Corinthians perdeu a força e a velocidade que tinha pelos lados do campo, André Santos e Dentinho já não têm mais espaço, pois o time joga muito pela esquerda e o futebol dos dois caiu demais pela marcação que é feita por ali, já que os adversários sabem que é o lado que o Corinthians ataca.

No jogo de sábado Mano adiantou um pouco o meia Elias, tentando gnahar força na meia direita. Elias até que foi bem, o Corinthians criou algumas oportunidades, mas mais pela espera do São Caetano do que pela força alvinegra. Douglas e André Santos carregaram demais a bola, dificultando o trabalho de armação da equipe. Eduardo Ramos se perdeu constantemente na marcação e Nilton acabou ficando sobrecarregado, apareceu bastante e fez uma boa partida.

O São Caetano jogou no 3-5-2 durante todo o tempo mas com 2 volantes o time não conseguia chegar com força ao ataque. Aliás, preciso admitir, eu sempre gostei muito do Finazzi, não concordei com a saída dele do Corinthians, mas depois do jogo de sábado eu vejo que foi a melhor opção feita no time de Parque São Jorge. Ele não aguenta mais. Preparo físico dele está horrível, os zagueiros ganham todas as bolas dele, ele pouco se movimenta e acabou prejudicando ainda mais o jogo do azulão. Com 3zagueiros, 2 volantes e o Finazzi, o time ficou lento e previsível, nem assustou o Corinthians.

Destaque da partida: Nilton

Fotos do jogo:

Visão do Tobogã, do placar eletrônico acima do tobogã e da extensa fila de crianças que esperam a entrada do Corinthians em campo.


A arquibancada amarela é destinada às torcidas organizadas. Foi o único setor do estádio que não ficou nem com metade da sua capacidade cheia.


A gostosa arquibancada verde.


Corinthians e São Caetano em campo.


Início da partida e arquibancada especial ao fundo. No centro alto da arquibancada laranja existem cabines destinadas às rádios que não trabalham constantemente no Pacaembu.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Portuguesa 0 - Santos 0

Esse foi o jogo que trabalhei no final de semana.

Uma partida estranha. Com muitos lances horríveis, dignos de times amadores (aliás, a cada ano acho que os jogadores profissionais se aproximam mais e mais dos amadores, a diferença é o preparo físico) e muitas chances de gol. Melhores momentos, clicando aqui.

A Portuguesa, escalada no 4-4-2, com 2 volantes postados a frente da zaga, Gavilán e Dias (que bate, bate e bate), contava com o apoio dos laterais para chegar bem ao ataque, Preto e Edno fariam a ligação do meio campo com Diogo e Washington.

Foi difícil a vida Lusa. Méritos para Cuca. Ele armou a equipe do litoral com 3 zagueiros, 2 laterais e 2 volantes. Porém, os laterais mais faziam parte do meio campo do que da defesa. O treinador santista fez Apodi, que fazia sua estréia do lado direito, e Kleber (péssima partida) pelo lado esquerdo, marcarem os laterais do time rubro-verde no campo de ataque, impedindo que a Lusa saísse pelos lados do campo. Adriano (belíssima partida) e Rodrigo Souto fechavam a equipe pelo meio. Assim o Santos ganhou o meio de campo e não permitiu que a Portuguesa criasse boas chances.

O primeiro tempo foi muito fraco. A Portuguesa se mostrava mais consciente, menos tensa e afobada do que o Santos, que errava jogadas ridículas e passes não menos assombrosos. As chances de gol muito mais apareceram do que foram criadas. Falhas de marcação da equipe de Cuca quando perdia a posse da bola no ataque ou no próprio meio de campo possibilitaram à Lusa bons ataques. No segundo tempo, com a força da marcação dos laterais e do volante Adriano, o Santos melhorou e assustou a Portuguesa criando boas jogadas no ataque. Aos 25 minutos Cuca colocou Molina, meia habilidoso, criativo e sacou Apodi. jogou Wesley para a ala direita, manteve a marcação em Bruno Recife, mas perdeu a força que vinha tendo com o carregador de bolas Wesley pelo meio, que sumiu quando foi jogar na ala direita. Cuca ainda tentou retomar a força ao colocar Quiñonez nos últimos 5 minutos na vaga de Wesley, mas não deu tempo. Diogo ainda perdeu um gol feito no último minuto de partida. O empate, mesmo que em 0-0, ficou de bom tamanho para o que as duas equipes produziram.

O Santos começa a evoluir nas mãos de Cuca e parece que vai reagir no campeonato, até que ponto vai chegar não dá para saber. Agora o Botafogo, ex time de Cuca, vai despencando sem nem ver a luz no fim da crise.

Destaque da partida: Adriano, volante do Santos.

Fotos do Canindé:


Antes do início da partida. Logo na parte debaixo da foto você enxerga uma pequena parte da torcida do Santos. Ao fundo a torcida da Portuguesa.


Aqui as sociais do estádio. Próximo ao teto as cabines de imprensa. Esse, provavelmente, é o estádio paulistano com o maior número de cabines.


Aqui uma boa parte da torcida santista. Ao fundo, depois da Marginal do Rio Tietê, o Shopping Center Norte, literalmente do outro lado da Marginal. É só atravessar.


Portuguesa entra em campo, bandeirão sobe.


Torcida do Santos acende luminosos no começo da partida.


Vai começar o jogo. Tudo pronto, carga de 5 mil ingressos toda vendida. Número baixo porque o documento do Contru liberando o estádio ainda não ficou pronto.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

LDU x Fluminense

Alguns personagens do futebol brasileiro parece que não aprendem.

Depois do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, em que venceram por 3-1, os jogadores do Corinthians passaram uma semana falando que ganhariam o título em Recife e que nada os pertubaria, e ninguém ganharia do Corinthians. Sport 2-0, Corinthians vice. Subiu na cabeça a boa fase da equipe paulistana.

Renato Gaúcho e seu Fluminense eliminaram os grandes São Paulo e Boca Juniors e o técnico do tricolor carioca saiu se apresentando ao Boca: "Boca Juniors, prazer, Fluminense", falou também que o Campeonato Brasileiro seria brincadeira para o seu time... Por muito pouco a LDU não acabou com o Fluminense no primeiro jogo da decisão. 4-2 é um placar que dá para ser revertido, o Fluminense tem mais time, mas isso não basta no futebol.

Ainda bem que esse foi apenas o primeiro jogo, ainda dá para o Renato recuperar a humildade e encarar o time equatoriano de verdade, afinal, assim como o Flu, eles não chegaram aí por acaso, que o tricolor carioca lembre-se disso.

E só pra terminar, Renato, time grande não precisa se apresentar...

A queda de produção do Corinthians

O futebol do Corinthians já não é mais o mesmo nos últimos 4 jogos (Sport na Ilha, Brasiliense, Ponte Preta e Bragantino) e, além da óbvia decepção com a perda do título da Copa do Brasil, além das oscilações absolutamente normais que qualquer time do mundo tem durante uma temporada, a pequena mudança de esquema que o técnico Mano Menezes fez no time também ajudou a queda de produção da equipe.

Conforme já falei aqui, o Corinthians cresceu no momento em que mudou de esquema. Parou de jogar com 3 zagueiros e passou a mudar de esquema constantemente durante os jogos, do 4-4-2 para o 4-3-3 ou para o 4-5-1, jogando sempre com Lulinha bem aperto pela direita e Dentinho pela esquerda, fazendo o time variar o jogo durante todo o tempo. Agora, sem Lulinha de titular desde o jogo contra o Sport na Ilha do Retiro, o Corinthians força demais o jogo pelo lado esquerdo facilitando a marcação dos adversários. Não por coincidência Dentinho e André Santos estão vivendo má fase. Agora o time só procura sair pelo lado dos dois, sabendo disso, os times adversários sempre reforçam a marcação por ali, o que dificulta o jogo dos dois.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ponte Preta 1 - Corinthians 1

Esse foi o jogo que trabalhei no final de semana.

A Ponte Preta já não é mais a mesma. O time se mostrou bastante acanhado, com a confiança muito abalada. Foi a estréia do técnico Paulo Bonamigo no comando da Macaca, ele que substitui Sérgio Guedes, que fez uma campanha extraordinária no Campeonato Paulista e não começou bem o Campeonato Brasileiro, talvez a derrota para o Palmeiras na final do Paulista tenha atingido o elenco de maneira muito negativa. A Ponte ainda tinha o desfalque do seu principal jogador atualmente, o meia Renato, suspenso.

O Corinthians não tinha disponíveis para a partida os jogadores: Fabinho suspenso, William, Saci e Felipe poupados, Alessandro e Diogo Rincón machucados.

A partida foi bastante fraca tecnicamente. O time da capital paulista chegou ao gol aos 5 minutos do primeiro tempo e passou o resto do tempo achando que levaria a partida em banho maria e alcançaria a vitória. A Ponte Preta, jogando com 3 zagueiros e 2 volantes não encontrou forças para assustar o Corinthians. Achou um pênalti na primeira etapa, defendido pelo Julio Cesar.

O árbitro distribuiu ao todo 8 cartões amarelos para os jogadores do alvinegro paulistano e deixou de mostrar cartões para adversários em jogadas muito parecidas. Isso fez com que Mano Menezes substituisse Eduardo Ramos pelo cartão amarelo no intervalo. O segundo tempo teve o mesmo panorama do primeiro e a Ponte chegou ao empate quando faltavam 5 minutos para o encerramento da partida. Bonamigo armou o time para atacar pelos lados do campo e marcou Douglas homem a homem. O COrinthians teve dificuldade para sair pelas laterais e quando tentava pelo meio, Douglas estava bem marcado.

Á Ponte faltou qualidade no ataque. Os dois jogadores de ataque da Ponte Preta são muito fracos, Luiz Ricardo e Leandro. Danilo Neco e Wanderley, que estão no banco, são melhores.

Nesse tipo de campeonato, os times que têm elenco com uma disparidade grande entre os jogadores titulares e os reservas, sofre. É o caso da Macaca.

Quanto ao Corinthians, essa é foi a terceira partida em que o time apresentou um futebol fraco bastante abaixo do que vinha apresentando.


Segundo tempo da partida. Ao fundo as torcidas organizadas da Ponte Preta.


A torcida do Corinthians, que esgotou os ingressos da parte destinada aos visitantes.


Ao fundo o placar eletrônico entre duas torres. Na da direita ficam os diretores da equipe adversária. Os vestiários ficam embaixo das arquibancadas e as torres dão acesso direto à eles. No canto esquerdo da foto as sociais do Moisés Lucarelli. Bonamigo está em pé atrás do bandeirinha e o quarto árbitro já está atento aos seus movimentos.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A cada soco, um jogo

É isso aí mesmo. O famoso STJD, que distribui penas altíssimas em algumas situações aliviou a barra do Corinthians nessa tarde.

Fabinho, que deu dois socos CLAROS em Enílton, levou 2 jogos de gancho.

William, que deu um soco CLARO em Carlinhos Bala, levou 1 jogo.

Wellington Saci, que pisou em Carlinhos Bala, também 1 jogo.

Acho que por aí já podemos imaginar que a cada soco desferido, um jogo suspenso. Até que vale a pena, né? Quando você está nervoso, perdendo um jogo, é só ir no adversário e soltar o braço, quebra o dente do colega de profissão, promove a violência e pega um jogo só. Impunidade total. Lembro do Kleber do Palmeiras dando cotovelada no André Dias do São Paulo. 3 jogos suspenso. Daqui a pouco socos, cotoveladas, pontapés não renderão mais suspensão, certinho.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Brasil 0 - Argentina 0

Esse é o último comentário que eu faço sobre a Seleção Brasileira enquanto o Dunga for o técnico e explico o motivo.

Durante sua entrevista coletiva ontem, esse sujeitinho foi perguntado por uma repórter da TV Cultura de São Paulo alguma coisa sobre ser ou não demitido. Respondeu de maneira grosseira. Que fique claro, a pergunta foi feita com a melhor educação possível. Logo depois, acho que Erick Farias, repórter do SporTV, perguntou ao Dunga alguma coisa sobre a posição da Seleção Brasileira na classificação das Eliminatórias, mais uma vez, o rei da educação deu uma patada no repórter e logo depois de responder, tirou a boca do microfone e balbuciou uma frase que terminava com um "vai tomar no cú" (é só pegar a imagem do SporTV e verificar, não precisa ser surdo ou mudo para fazer a leitura labial, até um cego vê).

Dunga, seu idiota, nunca mais vou perder meu tempo com sua seleçãozinha medíocre, nojenta, de futebol porco e sem sentido.

Em tempo, não sou ninguém, meu blog não deve ser lido por quase ninguém, mas eu estou fazendo a minha parte pra viver em um país menos filho da puta como esse.

O último comentário

Brasil e Argentina fizeram um jogo morno ontem no Mineirão. Mais uma vez vimos uma seleção brasileira sem força ofensiva, defensiva e sem noção tática, claro, devido ao total desconhecimento e noção teórico que tem o comandante Dunga. Ele conseguiu montar uma equipe que não ataca e não defende, parabéns, um gênio.

Ainda mais incoerente foi ele ter entrado com o Adriano de titular. Por que? Não foi o Dunga que disse que os jogadores precisam de tempo e espaço para mostrarem seu valor? O Luis Fabiano foi titular em 3 jogos e o Adriano que não faz nada pela seleção há dois anos já conquistou a vaga? O Dunga me irrita tanto que ele erra até no momento de definir qual camisa o jogador vai entrar em campo. Julio Baptista com a 10 não dá, né? Anderson com a 5? O jogador mais lúcido da seleção brasleira nos jogos contra Paraguai e Argentina merece a 5, com o Julio Baptista com a 10 e o Gilberto Silva com a 8? Aliás, o que faz o Gilberto Silva em campo? Completa 11 né? Só pode.

A bola não chega no chão para os atacantes, é sempre no chutão do Juan ou do Lucio e a culpa é dos atacantes? Já que ele tirou o Luis Fabiano deve ter achado isso, né? Aliás, coitado do Juan, ficou comum com o Dunga. O meio campo não marca ele tem que dar o combate na intermediária sempre. Foi assim contra o Canadá (vejam os gols), contra a Venezuela (não era o Juan, mas eram o Henrique e o Luisão, vendidos nos dois gols) e foi assim contra o Paraguai no segundo gol e ontem durante todo o jogo, tanto é que Juan merecia ter sido expulso ainda no primeiro tempo. Sorte do brasileiro que Oscar Ruiz é um juiz absolutamente caseiro. O primeiro tempo teve um futebol pobre, com uma chance clara desperdiçada pelo camisa 10 Julio Baptista (quem sabe se ele não usasse a 3 não tivesse feito o gol, quis bater como um camisa 10 e errou) e uma outra com o craque Robinho, (aquele que na conquista da Copa América virou a camiseta da seleção ao contrário, para mostrar o nome dele pro mundo inteiro e deixar gravado pros netos dele que ele foi campeão da Copa América. Ele, não o time) que driblou o goleiro e ficou com vontade de driblar mais uns 5 argentinos antes de fazer o gol (objetividade é o sobrenome do garoto).

A primeira etapa teve um jogo equilibrado. No segundo tempo o Brasil foi amplamente dominado e envolvido pelo historicamente lindo toque de bola argentino e não perdeu pelos erros ofensivos dos visitantes e pela incapacidade de Basile, que escala mal o time há muito tempo. Taticamente a Argentina fez uma boa partida ontem, mas sentiu falta de maior presença de atacantes, para conseguir mais finalizações. Messi não pode ser considerado um atacante, é um meia atacante que chega bem na área, mas busca demais o jogo longe da meta adversária e isso dificulta a finalização e o passe final das jogadas do ataque.

O placar mais justo seria 1-0 Argentina, mas justiça não é uma coisa do futebol, então o 0-0 prevaleceu.

Vale também ressaltar a enorme vontade dos brasileiros em darem pontapés nos argentinos. Isso não ganha jogo, já sabemos há anos. Mas acho que quando um time é muito inferior tecnicamente ele apela para esses artifícios. Pobre Brasil. Completamente sem identidade.

Pra terminar, tirar o Dunga do comando não mudará muita coisa. Não se esqueça da Copa de 2006. E só uma coisa, em 2002 e 1994, nos últimos títulos mundiais conquistados pela Seleção Brasileira, os times eram defensivos. Definitivamente o futebol brasileiro não é mais o mesmo.

Obrigado pela atenção e até a saída do Dunga.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Argentina 1 - Equador 1

Não foi só a Seleção Brasileira que obteve um resultado ruim na rodada do final de semana pelas eliminatórias da Copa 2010.

A Argentina empatou em casa com o Equador, 1-1. Basile, técnico argentino, não está sabendo escalar a equipe desde o início das Eliminatórias.

Sempre escalada com Riquelme, Messi, Maxi Rodrigues e Tevez, a equipe perde força ofensiva, pois Riquelme, Maxi e Messi são meias e não tem presença fixa na área, Tevez é um atacante que cai pelos lados do campo e não tem porte físico para se enfiar no meio dos zagueiros, assim, por várias vezes vemos o time argentino com a posse da bola, rodeando a área, mas não sabendo como chegar mais próximo do gol. Por isso também, 6 dos 9 gols argentinos nas eliminatórias foram de bola parada. Dos outros 3, apenas 2 nasceram de jogada criada pela equipe, e o de ontem saiu com um chutão do goleiro no fim do jogo.

O time sente a falta de um homem a mais enfiado no meio da zaga adversária, hoje não joga com nenhum atacante fixo que seja marcado pelos zagueiros. Talvez porque não tenha um centroavante de muita qualidade, mas com Tevez e Aguero daria pra formar um bom ataque com Riquelme e Messi armando a equipe.

A Argentina precisa resolver isso. Mas contra o Brasil pode ser que Dê certo, pois Maxi Rodrigues e Messi jogam nas costas dos laterais e o Brasil não possui esquema de marcação para cobertura dos mesmos.

Paraguai 2 - Brasil 0

Antes de tudo, no começo do ano, aqui no blog, em um dos meus posts coloquei o Cabañas como destaque da Libertadores. Quem me conhece sabe que falo desse muito bom centroavante há muito mais tempo.

Vamos ao jogo. O Brasil entrou em um esquema bastante defensivo, assim como o Corinthians na quarta-feira, pensando somente em se defender e acabou perdendo para um time inferior da mesma maneira que o alvinegro perdeu a Copa do Brasil.

Repito, times covardes têm mais é que perderem mesmo. No caso da Seleção Brasileira isso se agrava, pois há 50 anos o Brasil é conhecido como o país do futebol, consequentemente a camisa da Seleção é a mais poderosa do mundo, sem dúvida, e é inadmissível que a Seleção Brasileira jogue retrancada.

O Dunga escalou a equipe com três volantes para, teoricamente, proteger mais a defesa. A Seleção Paraguaia passou a semana inteira avisando como jogaria contra o Brasil, e o técnico brasileiro foi à imprensa dizer que duvidaria que a seleção guarani iria a campo de maneira tão ofensiva. Com isso, o Brasil foi facilmente dominado durante todo o primeiro tempo. Nas costas dos laterais, Barreto pela esquerda da defesa brasileira e Valdez pela direita, não deixaram o Brasil jogar com Maicon ou Gilberto. Essa marcação deveria ter sido feita por 2 dos 3 volantes de Dunga (Mineiro, Josué, Gilberto Silva), mas esses jogadores estavam a frente da zaga, jogando como zagueiros, fechando os ataques paraguaios pelo meio, isso impediu que Maicon e Gilberto jogassem e fez com que o Brasil tentasse a saída de bola com seus três volantes de baixíssima qualidade técnica. Assim o Paraguai matou o Brasil no primeiro tempo, abriu 1-0 e só não fez mais por falta de qualidade de seus jogadores (o único que se salva ali é o Cabañas) e exatamente por não ter nenhum jogador na zona central do meio campo que pudesse armar o time quando Valdez ou Barreto não conseguiam dar continuidade a jogada por estarem sozinhos. Santana e Vera jogavam a frente da defesa e também decepcionaram na qualidade do futebol apresentado, Verón, lateral direito, apoiou bem durante o primeiro tempo, mas foi expulso com 2 minutos da segunda etapa.

No segundo tempo, perdendo por 1-0, Dunga tirou um volante e colocou um meia, Anderson, por sinal, o único jogador lúcido da equipe canarinho. Tentou ainda mudar o jogo com Adriano no lugar de outro volante e Julio Basptista no lugar de Diego. A equipe foi muito mals durante os 90 minutos do confronto e não apenas pelo desempenho abaixo da média de seus jogadores, mas muito mais pelo esquema tático horroroso arrumado por Dunga. O time jogou com 3 volantes e a marcação era confusa e não teve saída de qualidade para o ataque. No segundo tempo, quando mudou o time, enquanto os jogadores se organizavam em campo o Paraguai pegou um contra-ataque e fez 2-0, daí pra frente apenas se defendeu e esperou o tempo acabar. Sem criação nenhuma no meio campo e contra uma equipe totalmente retrancada o selecionado de Dunga apenas soube jogar bola na área.

Olhando simplesmente pelo lado do resultado, não podemos falar que foi terrível. Mas pensando no futuro da Seleção com Dunga, é trágico. O time não soube jogar taticamente e jogadores como Elano, Maicon, Gilberto Silva, Lucio, Gilberto, Adriano, Josué, Mineiro, Julio Baptista, Doni não podem ter vaga na seleção Brasileira. O time possui uma qualidade baixa para os padrôes brasileiros, que acredito já não ser o mesmo das últimas décadas, mas que tenho certeza que não é inferior a Paraguai, Venezuela, Canadá e outros que estão enfrentando o Brasil com certa facilidade.

Está tudo errado na seleção brasileira e com Ricardo Teixeira no comando o momento vai demorar pra passar.

Corinthians 4 - Brasiliense 1

Esse foi o jogo que trabalhei no final de semana.

Era um jogo importante para o Corinthians. Depois de deixar o título da Copa do Brasil escapar por entre os dedos, o time de Mano Menezes precisava de uma vitória, não importando se jogando bem ou mal, ou o placar, para que pudesse dar continuidade ao trabalho e amenizasse o sentimento ruim depois da derrota para o Sport e a equipe começou a vencer a partida e a depressão ao entrar em campo e abrir uma faixa com os dizeres "Obrigado Fiel!", mostrando preocupação com a torcida e pedindo apoio para recuperar a confiança.

Tocando a bola com certa qualidade, o Corinthians se manteve tranquilo durante os 90 minutos de disputa. Não fez uma grande exibição, mas venceu. Criou poucas chances de gol, mas teve em Douglas, mais uma vez, o seu comandante. O Brasiliense se mostrou um time bastante fraco, sem força para chegar ao ataque mesmo enfrentando um Corinthians bastante debilitado.

O Corinthians entrou em campo no 4-4-2, um pouco diferente do esquema que vinha utilizando ultimamente, com Elias no lugar que era de Lulinha, assim o time ficou menos ofensivo e teve dificuldades para criação de oportunidades de gol. Venceu no contra-ataque quando o Brasiliense tentou, desordenadamente, chegar ao empate.

A equipe do Distrito Federal jogou no 4-4-2, com apenas um meia e sentiu imensas dificuldades para atacar o adversário. O time se mostrou bante fraco tecnicamente. A partida acabou sendo tranquila para o Corinthians.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Os erros da decisão da Copa do Brasil

. Durval merecia ter sido expulso no primeiro tempo pela sequência de faltas e agressões a Herrera. Inclusive, em um único lance ele já merecia a expulsão pois chutou o argentino quando este estava no chão.
O que o juiz fez?
Marcou falta e só.

. Wellington Saci foi bem expulso, mas na verdade apenas revidou uma agressão de Carlinhos Bala. Ambos deveriam ir para o chuveiro. (Aqui cabe uma discussão muito maior, mas que não cabe nesse blog, nesse momento. Carlinhos Bala precisava provocar a reação do corintiano? É justo isso?)
O que o juiz fez?
Expulsou apenas Saci.

. Em um lance no lado direito da área corintiana, Fabinho não apenas fez pênalti em Enílton como também o agrediu. Pênalti e expulsão para o alvinegro.
O que o juiz fez?
NADA.

. Soco de Fabinho em Enílton na frente do bandeirinha perto do escanteio do lado esquerdo da zaga corintiana.
O que o juiz fez?
NADA.

. Acosta recebe a bola na área em posição normal e o bandeirinha (nordestino) marca impedimento. Lance mais fácil do que o do primeiro gol do Sport com o mesmo auxiliar.
O que o juiz fez?
Marcou impedimento.

. Acosta recebeu dentro da área e ao tentar driblar o goleiro caiu. Percebe-se que Magrão, arqueiro rubro negro, vai ao chão preparado para um chute do uruguaio, lança as pernas a frente sem a menor intenção de acertar a bola, pega na gorduchinha e carimba o joelho do camisa 25 do Corinthians.
O que o juiz fez?
Falta para o Sport.

Ainda tivemos os inúmeros lances de faltas que Alicio Pena Jr. deixou de marcar para o Corinthians e marcou qualquer encostadinha nos jogadores da casa. Mas repito, não influenciou diretamente no resultado da partida.

Sport 2 - Corinthians 0

A derrota do time de Mano Menezes ontem se deve a inúmeros fatores extra-campo. Todos eles ligados a um fator extremamente importante nesse esporte, o psicológico.

Há exatas duas semanas a CBF sorteou a ordem dos mandos de campo e a partir disso começaram as notícias, especulações, medos, contos, verdades e mentiras sobre jogar na Ilha do Retiro. Depois de quase liquidar a fatura em SP ao estar vencendo por 3-0, o Corinthians sofreu um gol no último minuto que se não abalou sua confiança, aumentou a crença nordestina.

O Sport, como um time, era fraco, mas tudo o que já haviam dito sobre o ‘alçapão’ parece que deixou o Corinthians muito longe do clima do segundo jogo. Passou a semana inteira falando que garantiria o título, que daria uma resposta a Carlinhos Bala, alimentando a força dos adversários.

Dentro de campo, a equipe passou o primeiro tempo inteiro sem jogar, apenas se defendendo. Tudo bem, o Sport, apesar de ter 70% da posse da bola, não tinha assustado, mas bastaria achar um gol que as coisas mudariam, e foi o que aconteceu. Numa saída errada de bola os pernambucanos fizeram 1-0. Nos apenas 4 minutos até marcarem o segundo gol, o time de Nelsinho Baptista ainda assustou ao encontrar buracos no meio campo e na zaga alvinegra, mas o segundo gol também foi um achado. Pronto, apesar de não fazer uma grande partida, o Sport já tinha feito o que precisava, e no primeiro tempo. A força que o Corinthians tinha, foi embora. E a fé que o Sport mantinha, se transformava em uma certeza: dá!

A confiança que um time ganhou e a que o outro perdeu determinaram como seria o jogo no segundo tempo. O Corinthians tentou chegar ao ataque, em vão, já que tinha se perdido por completo no primeiro tempo. Ao Sport bastou apenas segurar o resultado, tentando encaixar algum contra-ataque que a falta de qualidade de seus jogadores não permitiu.

Não adianta agora o Corinthians reclamar da arbitragem. Concordo que prejudicou mais o time paulista do que o pernambucano, foi caseira, mas não determinou o resultado final do jogo. O fato de ter deixado de jogar por todo o primeiro tempo foi muito mais negativo para o time de Mano Menezes do que os erros do juiz.

Aliás, erro por erro, tanto o Corinthians quanto o Sport não tiveram um pênalti marcado, os dois times não tiveram jogadores expulsos (Fabinho do Corinthians e Durval do Sport) em lances de agressão. A diferença foi apenas nas faltas que o juiz marcou em excesso contra o Corinthians e pouco contra o Sport, mas isso não modificou diretamente o resultado final de partida.

Também não concordo que o Sport tinha feito por merecer mais do que a equipe paulistana, qualquer um dos dois merecia a conquista, que por (des)ordem psicológica ficou com o time pernambucano.

Um bom exemplo de que não são só os fatores de dentro do campo de jogo que determinam o resultado final de uma partida ou de um campeonato.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Corinthians

Fui muito crítico do trabalho do Mano Menezes durante o Campeonato Paulista. Sei que com a eliminação da equipe alvinegra na primeira fase, a imprensa bateu, de leve, no trabalho do técnico gaúcho.

Hoje, os mesmos jornalistas esportivos dizem que o trabalho do Mano vinha sendo bem feito desde o estadual, mesmo com a eliminação, mas não concordo. Não vou ficar aqui falando que o trabalho é ótimo e sempre foi maravilhoso e muito bem planejado. Acredito sim no planejamento como um todo, nos planos para montar uma equipe para subir para a Série A, objetivo principal. Porém, não acredito que o Mano tenha pensado lá em janeiro que a partir do fim de abril ele escalaria a equipe de uma maneira ofensiva.

Até o segundo jogo contra o Goiás pela Copa do Brasil, o Corinthians atuava na imensa maioria dos jogos com 3 zagueiros. Algumas vezes já havia jogado com 2 zagueiros e 2 meias, mas essa era uma opção que não agradava muito o técnico alvinegro. Com a obrigação de fazer uma diferença grande de gols no jogo de volta, Mano mandou sua equipe a campo com 2 zagueiros, 2 meias e 2 atacantes. Deu certo, o time embalou e apresenta hoje um futebol de bastante qualidade e envolvimento, não deixa a defesa aberta, aumentou consideravelmente o número de gols marcados e consequentemente aumentou também os jogos em que sai vitorioso de campo. Vamos aos números.

Antes de Corinthians 4 - Goiás 0
Jogos - 23
Vitórias - 12
Empates - 5
Derrotas - 6
Gols marcados - 35 (média de 1,4)
Gols sofridos - 19 (média de 0,8)

Depois de Corinthians 4 - Goiás 0
Jogos - 11
Vitórias - 10
Empates - 0
Derrotas - 1
Gols marcados - 28 (média de 2,5)
Gols sofridos - 10 (média de 0,9)

Os números acima mostram que o Corinthians, em 11 jogos, já fez quase o mesmo número de gols que fez nos outros 23 jogos da temporada.

Também mostram que o time manteve praticamente a mesma média de gols sofridos, mas aumentou em 1 gol por jogo a média de marcados e de 11 jogos, venceu 10, quase o mesmo número de vitórias que teve nos outros 23 jogos da temporada.

Acho que a mudança de esquema fez bem ao alvinegro de Parque São Jorge, não?

terça-feira, 10 de junho de 2008

Seleção (?) Brasileira

Antes de mais nada, há alguns anos eu não torço para a Seleção Brasileira de futebol. Os motivos são inúmeros e alguns mais uma vez vieram à tona na sexta-feira passada na histórica derrota para a Venezuela.

Mais pra frente, em um comentário mais oportuno e com mais tempo eu explico os motivos que me fazem torcer contra o Brasil.

Agora, eu quero apenas tentar entender o que Dunga ficou fazendo durante os quase 10 dias que ficou com os jogadores convocados nos EUA, já que ele justificou a derrota para a Venezuela dizendo que o time não tinha treinado e por isso não se encontrou em campo?

Aliás, como se justificasse uma derrota como essa. Lembrando que a mesma seleção venezuelana venceu o forte time das Antilhas Holandesas por 1-0 ontem.

São Paulo 5 - Atlético MG 1

Esse foi o jogo que trabalhei no final de semana.

Desde sábado, dia do jogo, as opiniões que ouvi sobre essa partida são completamente diferente da minha. São Paulo x Atlético MG foi um dos piores jogos que eu já vi na vida. Aí vem o desavisado e fala "Você é louco, como pode considerar um jogo de 6 gols ruim?" Pois é, pense então em quantos jogos que terminaram em 0-0 que foram ótimas partidas de futebol? Esse esporte possibilita isso.

O time do Atlético é um dos meus candidatos ao rebaixamento, escrevi isso aqui no blog antes do início do Brasileiro, mas mesmo sendo um dos que querem cair, conseguiu me assustar ainda mais. Jogadores de baixíssimo nível técnico, outros, que são considerados bons jogadores, em uma fase assombrosa, Rafael Miranda, Coelho, Petkovic, o goleiro Juninho, triste Galo, no ano de seu centenário um time que não condiz com sua história, sofre o fiel atleticano.

O São Paulo continua sua caminhada sem rumo em 2008. Um time bagunçado, com pouca qualidade e que não consegue criar jogadas como uma equipe. Ok, não me esquecerei do quarto gol da equipe, marcado por Hugo em uma boa jogada de Jancarlos pela direita, mas é muito pouco para um time desse porte. Até o primeiro gol (8 min), eu já tinha quase dormido umas 3 vezes, já não via o momento do apito final e apostava que o jogo seria 0-0. Mas o SP tinha Hernanes. E olhei para o lado e comentei com um amigo que trabalhava comigo "esse Hernanes joga demais". Passaram-se 2 minutos e lá estava o garoto acertando um belíssimo chute para abrir o placar. Mesmo sem pressionar e nem acertar boas jogadas o SP ainda encontrou o gol em mais duas oportunidades antes dos 15 minutos. O jogo se manteve ruim, com o Atlético não conseguindo chegar ao ataque e vendo seu técnico Gallo fazer 2 substituições antes dos 30 minutos de partida. O segundo tempo viu o time de Minas atacar e assustar o São Paulo em apenas 3 oportunidades, pouco para quem perdia de 4-0. O jogo acabou 5-1.

O SP se apresentou em um esquema diferente. Para alguns, maravilhoso, para mim, uma bagunça. Três zagueiros, sendo que um fazia a função de volante (ora Alex Silva, ora André Dias) um lateral, quatro jogadores no meio sendo que dois (Jorge Wagner e Joílson) não tinham função fixa de volante ou meia e dois atacantes. O SP deu sorte de encontrar pela frente um time que teoricamente teria três atletas na defesa, seis no meio campo e um no ataque, mas que a baderna tática era tão escandalosa que conseguiu sofrer três gols em quinze minutos, sendo que dois deles de fora da área, de frente para o gol. E aí vem a pergunta, onde estavam os seis jogadores do meio????

Assim dá para se ter uma idéia do que foi o Atlético MG no sábado. Depois das substituições e da melhor arrumação tática que o técnico Alexandre Gallo fez, o time conseguiu se equilibrar em campo (não equilibrar o jogo, que já foi totalmente equilibrado em um nível técnico extremamente pobre) e o jogo no segundo tempo acabou empatado por 1-1.

Horrível, péssimo, triste. E o pior é ouvir todos falando que o SP está recuperado, brincadeira mesmo.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cuca no Santos

O Santos fez uma boa contratação para o comando técnico do seu time. Cuca é um dos treinadores que mais evoluiu nos últimos anos e da nova geração, até agora, é o que está mostrando que sabe montar um time para jogar futebol. A nova geração de técnicos se prepara para não deixar o adversário jogar, Cuca prepara seus times para jogar, dominar o adversário, se impor.

Confesso ter ficado desapontado com a saída dele do Botafogo, óbvio, não conheço os motivos a fundo, mas pelos motivos divulgados, considero a saída do treinador do clube carioca uma demonstração de falta de crença no próprio trabalho. Disputar 12 jogos decisivos em 2 anos, seja de Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Copa Sul-americana não é pra qualquer um, ainda mais em um clube como o Botafogo, que não tinha destaque nacional há pelo menos 12 anos. O time da estrela solitária em alguns períodos de 2007 e 2008 foi considerado o melhor time do Brasil, com o futebol mais envolvente, mais bonito, não víamos o Botafogo como um grande há muito tempo, e convenhamos, Cuca nunca teve um elenco de grandes jogadores no alvinegro. Não Cuca. O seu trabalho era fantástico, surpreendente, acho que você deveria ter tido mais paciência, maior perseverança, com certeza chegaria o momento de você escrever definitivamente seu nome na história do clube, o tratamento, o carinho, o respeito que os torcedores, diretores e jogadores botafoguenses têm por você é raro no futebol brasileiro nos dias de hoje, com certeza eles queriam muito que você conquistasse um título no Botafogo.

Fiquei com a sensação de que Cuca desistiu no meio do caminho, por isso minha decepção. Acho que o Santos tem menos a oferecer para o treinador do que o Botafogo oferecia, mas também acho que Cuca pode fazer um bom trabalho, não por ter um grande time, mas por ser um grande treinador.

Não podemos esquercer, no Botafogo ele tinha um grupo com Wellington Paulista (que não parou em clube nenhuma na carreira), Diguinho (quem????), Alessandro (nossa senhora), Castillo (frangueiro), Fabio (como pode ser jogador de futebol esse cara?), Leandro Guerreiro (quando o cara tem esse apelido é que futebol ele não tem, então ele fica correndo como se fosse um ‘guerreiro’), Zé Carlos (tecnicamente fraco), Túlio (carniceiro), Renato Silva (grosso), André Luis (PÉSSIMO), todos jogadores abaixo da média, sem falar que o tal de Lucio Flavio só deu certo lá. Mas também só aparece em jogos contra Madureira, Mesquita e etc. Ano passado o grupo contava com cada goleiro horrível, Max, Julio Cesar e outros, Luis Mário no ataque, Joílson na lateral direita, Juninho na zaga junto com Asprilla, revelado pelo Paulista, Iran na lateral esquerda, ente muitos outros.

Olhando pelo lado santista, sobre a contratação: melhor impossível. O Santos hoje tem um time pronto para buscar o rebaixamento, mas com Cuca provavelmente vai fazer uma campanha melhor do que a qualidade dos jogadores permite.

Corinthians 3 - Sport 1

Ontem as duas equipes disputaram a primeira partida das finais da Copa do Brasil.

No Morumbi lotado, o Corinthians conseguiu sufocar o Sport de maneira tal que conseguiu um resultado inesperado. O time pernambucano só finalizou pela primeira vez no jogo aos 35 minutos do primeiro tempo, quando Carlinhos Bala arriscou um chute de longe que passou sem assustar Felipe. Sem Lulinha e com Alessandro em seu lugar, Mano Menezes armou o time no tradicional 4-4-2, com um meio campo em um desenho de losango em que Fabinho, que viveu uma noite quase perfeita, protegia a defesa, Eduardo Ramos tinha liberdade para alimentar o ataque, buscando sair pela esquerda do campo, Alessandro fazia o mesmo pela direita, com a obrigação de chegar com força junto a Diogo Rincón, que encostava nos atacantes, Herrera e Dentinho.

O Corinthians foi criando boas chances de abrir o placar, mas parece que a vontade de marcar um gol acabou atrapalhando em alguns momentos em que o time se precipitou ao finalizar algumas jogadas. De tanto pressionar, Dentinho conseguiu abrir o placar depois de um bate e rebate numa cobrança de escanteio. O Sport não pareceu sentir muito o gol, afinal já estava meio abalado desde o início da partida, não com a pressão da torcida, mas com a pressão do time mesmo. Logo o Corinthians marcou o segundo gol e continuo criando chances para fazer o terceiro. O time pernambucano não imaginava sofrer o gol no início, esperou a pressão do Corinthians, ficou recuado sem buscar muito jogo. Porém a força, entrega e dedicação dos jogadores alvinegros fez o Sport quase perder o título no primeiro tempo dos quatro da decisão.

No segundo tempo o Corinthians resolveu esperar o Sport e apostar nos contra-ataques, mas não conseguiu armar jogadas de qualidade para fazer os gols. Chamou o rubro-negro para o seu campo (time de Nelsinho Baptista teve 63% de posse de bola no segundo tempo) e correu o risco de sofrer um gol que apagaria toda a bela partida da equipe na etapa inicial. Mano colocou Acosta no lugar de Diogo Rincón para adiantar mais a equipe para o contra-ataque e logo deu certo, em um passe errado de Luisinho Netto, Herrera, esperto, roubou a bola da zaga pernambucana, chamou dois marcadores pra cima e rolou para a esquerda num lindo passe para Acosta fazer o terceiro. A tática deu certo. Porém, faltando 5 minutos para o fim da partida, quando todos já se preparavam para colocar uma mão e meia na taça, Mano tirou Alessandro e colocou Fabio Ferreira, chamando ainda mais o Sport para dentro da área do Corinthians que acabou perdendo força na ligação para o contra-ataque e como o Sport não saiu mais do campo de ataque acabou encontrando o seu gol no último minuto.

Esse gol deixa a final aberta. Com 3-0, os rubro-negros teriam que fazer 4-0 para serem campeões direto, agora só 2-0. Um gol tirou a vantagem alvinegra pela metade, mas não se pode ignorar que existe uma boa vantagem, que o Corinthians não é um time bobo com jogadores inexperientes, então por mais que um gol tenha recolocado o Sport na disputa, a vantagem ainda existe e é boa, basta encarar o jogo com seriedade para garantir vaga na Libertadores de 2009.

Palmeiras 1 - Atlético PR 0

Assim como a partida entre Santos e São Paulo, que assisti ao primeiro tempo e depois vi a reprise da etapa final, Palmeiras x Atlético PR foi um jogo de baixíssima qualidade. Aliás, isso está bastante comum nos 4 times paulistas que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro.

A partida entre o alviverde paulistano e o rubro negro paranaense teve raras oportunidades de gol. O Palmeiras sem Valdivia foi um time absolutamente previsível. Luxemburgo armou um falso 4-3-3, variando para um 4-2-4 com um meio campo pouco marcador esperando que o Atlético PR viesse se defender no Parque Antártica. Com Denílson aberto pela esquerda, Kleber e Alex Mineiro centralizados e Diego Souza ora pela direita ora pelo meio, o Palmeiras encheu o campo de ataque de jogadores e facilitou a marcação adversária, pois o Atlético se fechou para marcar essa enorme quantidade de jogadores no seu campo de defesa e o esquema tático organizado por Luxemburgo foi uma armadilha para a sua própria equipe.

O time de Roberto Fernandes, técnico que fez sucesso no ano passado com a campanha de recuperação do Náutico no Brasileirão, se aproveitou dos espaços deixado pelo ofensivo time do Palmeiras e assustou em rápidos contra-ataques, chegando até a fazer um gol, mal anulado pela arbitragem que viu impedimento inexistente no lance. O Atlético até tinha qualidade, mas faltava mais força no ataque para fazer os gols. Wallyson, garoto da base do time paranaense e Marcelo Ramos, experiente atacante, não faziam boa partida e por isso o alviverde se livrou da derrota.

No segundo tempo, Luxemburgo tentou acertar o time alviverde, mas só conseguiu melhorar um pouquinho com a entrada de Jumar, jogador de meio campo, no lugar de Denílson, assim sobrou mais espaço para Kleber e Alex Mineiro. Em uma das únicas jogadas bem trabalhadas pelo Palmeiras o centroavante, ex-jogador do Atlético PR deu a vitória ao time da casa.

Roberto Fernandes montou o Atlético em um 5-3-2 com dois laterais com forte apoio ao ataque, apenas um volante e acabou surpreendendo o Palmeiras. Com qualidade no toque do bola soube surpreender o alviverde em SP e quase saiu com a vitória. Nei, lateral direito rubro negro, foi o melhor jogador em campo, bastante perigoso no ataque, só que sentiu falta de maior poder de definição dos atacantes.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Corinthians x Botafogo

O blogueiro que aqui escreve pegou uma semana de 'férias' e por isso não atualizou esse espaço. Mas, nem por estar de férias deixou de cobrir um jogo e assistir outro 'in loco'.

Cobri Gama x Corinthians em Brasília, e depois assisti no Maracanã o jogaço entre Fluminense x São Paulo. Postarei as fotos amanhã.

Hoje estarei no Morumbi para o jogo Corinthians x Botafogo. Jogo difícil para as duas equipes, sem favorito, apenas com uma pequena vantagem do time carioca devido ao resultado favorável do jogo de ida, 2-1 no Engenhão. Agora o time paulistano tem 5desfalques no seu time titular e pode ser eliminado exatamente por essas ausências.

Estou ouvindo muito que os principais desfalques do Corinthians serão Fabinho e André Santos, não concordo. Na minha opinião o problema maior do time de Mano Menezes hoje é a falta de Lulinha. Não que ele seja um craque, é apenas um bom jogador, mas sem ele o técnico do alvinegro paulistano terá que alterar o esquema tático. Precisamos lembrar que o Corinthians sofreu muito durante o Campeonato Paulista quando entrou em campo na maioria dos jogos com 3 zagueiros. Mano Menezes, após o torneio estadual, abriu mais o time, montando um esquema mais ofensivo e o futebol do Corinthians melhorou bastante.

Sem Lulinha, o esquema 4-5-1, com 3 meias e Herrera sozinho na frente, terá que ser desmontado. No 4-5-1 Lulinha joga aberto na direita e Dentinho na esquerda, com Diogo Rincón ou Douglas armando o time pelo meio, no jogo de hoje, Lulinha está suspenso e não tem substituto com as mesmas características, isso vai forçar uma mudança de esquema no Corinthians. Nas outras posições, Alessandro assumirá o posto de Carlos Alberto, é natural e não muda as características do time. Nilton assume a vaga de Fabinho. O segundo é melhor jogador, mas a entrada do primeiro não muda o esquema de jogo, assim como no caso de André Santos, mesmo este sendo o principal jogador do Corinthians em 2008.

É esperar para ver o que vai acontecer.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Corinthians 3 - CRB 2

Esse foi o jogo que trabalhei no final de semana.

Estréia do Corinthians na Série B. Pacaembu lotado, torcida apoiando, clima de festa e o adversário não era nenhum time que podia assustar. O alvinegro precisava da vitória para começar tranquilo a disputa do campeonato mais crítico de seus 98 anos de história. A parte psicológica da equipe precisava de cuidado, a equipe precisava sentir que é capaz de subir. Não vencer o CRB no Pacaembu podia tirar a confiança que o time de Mano Menezes estava adquirindo, afinal, o pensamento que surgiria seria negativo 'Não ganhamos do CRB no Pacaembu, vamos ganhar de quem?'.

O Corinthians fez a lição de casa, sem grandes sustos. Levou o primeiro gol quando nem bem tinha tocado na bola. Quando tocou, empatou. Retomou a força e a confiança. Logo virou o placar e no segundo tempo fez 3-1. Mano errou, recuou o time e no fim do jogo o time de Alagoas diminuiu a vantagem, mas não teve forças para assustar mais.

Mano Menezes escalou o time com 2 meias, Douglas e Lulinha, e um terceiro armador, Eduardo Ramos, jogando como segundo volante, assim ele ganharia força ma saída de bola e bom passe no meio campo. O Corinthians manteve a bola sob seu domínio a maior parte do tempo, só foi atacado em contra-ataques e em jogadas de bola parada. Douglas deu mais qualidade ao meio campo alvinegro, com Eduardo Ramos subindo para armar o time junto com o ex-jogador do São Caetano, Dentinho abrindo na esquerda e Lulinha na direita o time consegue variar as jogadas pelas duas laterais e criar boas oportunidades de gol. Herrera que o diga. Em jogadas pelos lados do campo ele já recebeu alguns cruzamentos que resultaram em gols seus, e já viu nasceram faltas que também deram gols ao ex-'quase gol'. Ao mesmo tempo em que melhora o seu poder ofensivo, o Corinthians aumenta o número de gols sofridos. Tudo bem que os cinco gols do jogo contra o CRB foram de bola parada, mostra mais um lado de várzea do que qualidade ou defeito de algum time. No segundo gol do CRB, Chicão estava marcando Helder, correu na direção da bola, não alcançou a gorduchinha e viu Helder aparecer livre para marcar.

A boa estréia do Corinthians deve determinar uma série B tranquila para o time da Gaviões da Fiel, aliás, do Andrés Sanchez.

Vamos as fotos do pintado Pacaembu.

Ah, só uma dúvida. Gastaram R$ 6 mi pra pintar o estádio, resolver infiltrações e trocar o gramado. As cabines de imprensa apresentam os mesmos problemas do passado. Os banheiros continuam sendo químicos. As cadeiras continuam sujas e com restos de tinta. Foram 6 meses de reforma e o banco de reservas não teve tempo de ficar pronto. O placar eletrônico também não deu tempo de trocar. As entradas para o público continuam apertadas, o alambrado que separa os artistas do povão continuam falhos e frágeis. Acho que o Pacaembu precisa de mais uns 2 anos fechado e uns 20 milhões de reais para investimentos.









sexta-feira, 9 de maio de 2008

Campeonato Brasileiro

Nesse final de semana estão começando as duas principais divisões do Campeonato Brasileiro, as séries A e B.

Depois do início da Copa do Brasil em fevereiro, começa agora um campeonato nacional de real importãncia e interesse, tanto do público quanto da mídia.

Mais uma vez a Série A se inicia com inúmeros candidatos ao título. Vamos a eles:

. Palmeiras
. Fluminense
. Internacional
. Cruzeiro

Esses são os principais, pra mim.

Existem outros 3 que podem chegar, mas que estão em um nível abaixo:

. Flamengo
. Botafogo
. São Paulo

O cuidado com o rebaixamento deve ser de todos no início do torneio, isso mesmo, no início, porque se a equipe começar mal, pode perder força e não conseguir se recuperar depois.

Candidatos ao rebaixamento:

. Ipatinga
. Goiás
. Atlético-MG
. Náutico
. Figueirense
. Portuguesa
. Vitória

Pra mim, dessas 7 equipes sairão os 4 rebaixados.

Das que não falei, não creio que alguém poderá surpreender e lutar pelo título, mas de repente por uma vaga na Libertadores pode ser, mas terão que tomar cuidado com o rebaixamento também, são essas equipes: Santos, Coritiba, Atlético-PR, Sport, Vasco e Grêmio.

Essas são as previsões do visionário Thiago Dacal.

Veremos em dezembro o que aconteceu na série A.

Campeonato Brasileiro Série B

Aqui a diversão fica por conta do Corinthians, que trouxe uma visibilidade muito maior para o torneio, que possibilitou às outras equipes realizarem maiores investimentos. A Globo pela primeira vez transmitirá a Série B inteira, fazendo, inclusive, a transmissão de inúmeros (se não todos) jogos do Corinthians em São Paulo ao vivo para a própria cidade.

Para o primeiro jogo, na reabertura do Pacaembu depois de 6 meses fechado, o Corinthians terá o apoio de 34 mil torcedores (carga máxima de ingressos para esse jogo).

Além do Corinthians, outra tradicional equipe tentará a volta para a divisão de elite, o Bahia, sócio-fundador do Clube dos 13, e que não terá um importante aliado na campanha, a Fonte Nova, que será demolida depois da tragédia acontecida no fim de 2007 em que algumas pessoas caíram da arquibancada que quebrou.

Nesse campeonato, com exceção do Corinthians, não dá para apontar favoritos. Nem a Ponte, vice-campeã paulista, pois um campeonato de 38 rodadas é difícil, exige um planejamento detalhado e um elenco numeroso.

O Corinthians sobe, o resto eu não faço idéia.

Flamengo 0 - América MEX 3

O que aconteceu na quarta-feira, no Maracanã, é inacreditável e INCONCEBÍVEL.

Repito, inconcebível. Um dos maiores times do mundo não pode ser eliminado dessa forma da principal competição que participa no ano. O Flamengo viveu um ano de 2007 difícil, beirava a zona do rebaixamento no começo do Campeonato Brasileiro, mudou de técnico, viveu uma crise grande e teve uma recuperação ainda maior, que culminou com toda aquela alucinação no futebol nacional com a torcida rubro-negra lotando o Maracanã e ajudando a equipe a chegar na Libertadores.

Foi feito um imenso sacríficio para alcançar a competição sul-americana. A diretoria manteve a maioria dos jogadores, a comissão técnica, contratou jogadores em outubro de 2007 para só jogarem em 2008, se vangloriou do planejamento. O time fez sua parte em campo, teve a segunda melhor campanha da primeira fase da Libertadores, foi campeão carioca, enfiou 4-2 no América dentro do Estádio Azteca e conseguiu ser eliminado na partida de volta dentro do Maracanã.

Nesse momento eu gostaria de fazer 7 meses de silêncio, porque um minuto para essa tragédia é muito pouco.

Não pode um time como o Flamengo, com essa tradição, já campeão da Libertadores, com essa torcida, ser eliminado dessa forma. Depois de ganhar de 4-2 fora de casa, perder de 3-0 no Maracanã com 50 mil pessoas, para o América do México, time tradicional, mas que está em último no Campeonato Mexicano, com 3 vitórias em 17 jogos. Não pode.

E vem um e fala 'Ah, mas é o futebol'. Tem limite. Perder de 3-0, dentro de casa, sabendo que poderia perder por 2 gols de diferença é inadmissível. Sabemos o quanto foi difícil o Corinthians e o Inter vencerem Goiás e Paraná, respectivamente, por 2 e 3 gols de diferença, e eles ainda jogaram em casa, com sua torcida. O América estava fora do seu país, tendo que jogar no palco preferido da torcida do Flamengo, com todo o planejamento, dedicação e investimento que o time carioca fez para essa Libertadores.

O pior é ouvir ainda o Joel Santana falar no vestiário que são coisas do futebol. Sim, são coisas do futebol amador, sem compromisso, sem investimento. O futebol não é como todos os outros esportes, permite esse tipo de absurdo, mas o Flamengo não podia ter feito o que fez. Não podia fazer festa por título, festa de despedida para o técnico antes da partida. O clima de festa contagiou a todos, inclusive o América, que foi o principal protagonista do baile.

Joel ficou meses fazendo um trabalho bonito, raro no Flamengo. E na sua última cena conseguiu fazer algo ainda mais raro, ainda mais inesquecível, pena que negativamente.

E no dia seguinte, Kleber Leite, diretor do Flamengo ainda disse "aqui não fazemos caça às bruxas". Isso Kleber, ninguém pode ser responsabilizado por esse vexame. Talvez seja por isso que seu time já não tem o mesmo respeito de outros tempos.

Histórico Flamengo!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Campeonatos Estaduais

Os principais torneios estaduais do país acabaram nesses últimos dias e mais uma vez o que vemos é a mesma besteira de sempre.

Bom, vamos aos campeões:

SP - Palmeiras
RJ - Flamengo
RS - Internacional
MG - Cruzeiro
PR - Coritiba
PE - Sport
BA - Vitória
GO - Itumbiara
SC - Figueirense

Bom, coloquei acima os campeões dos 9 estados brasileiros que têm time disputando a primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Alguma surpresa? Sim, o Itumbiara.

Algum desses times não está na primeira divisão do Brasileiro? Sim, o Itumbiara.

Ok, agora eu chego onde desejo. Para que servem os estaduais? Para dar um título a pelo menos um grande por estado no ano. Para alguma coisa mais? Para as Federações ganharem mais dinheiro. Algo mais? Nada.

Surpresas são raras. Caso contrário:

de pouco mais de 100 campeonatos paulistas
o Corinthians não teria 25 títulos;
o Palmeiras 22,
o SP 20 e
o Santos 17;

de 106 campeonatos cariocas
Flamengo e o Fluminense não teriam, cada um, 30 títulos;
o Vasco 24 e
o Botafogo 21;

de 88 campeonatos gaúchos
o Internacional não teria 38 títulos gaúchos e
o Grêmio 35;

de 94 campeonatos mineiros
o Atlético não teria 39 conquistas e
o Cruzeiro não teria 34

de 94 campeonatos paranaenses
o Coritiba não teria 33 títulos e
o Atlético 21;

de 106 campeonatos baianos
o Bahia não teria 43 conquistas e o Vitória 24;

de 83 campeonatos catarinenses
o Figueirense não teria 15 títulos,
o Avaí não teria 13 e
o Criciúma 9.

de 94 campeonatos pernambucanos
o Sport não teria 37 títulos,
o Santa Cruz 24 e,
o Náutico 21 títulos.

Façam as contas, vocês verão que em quase todos os campeonatos, os grandes venceram mais que 50% das vezes, em alguns estados muito mais do que 50% das vezes.

Pra que servem os estaduais?

Palmeiras 5 - Ponte Preta 0

Como já era esperado, o Palmeiras conquistou ontem o título paulista de 2008 ao golear a Ponte Preta no Palestra Itália.

Apesar de já imaginarmos que o time de Luxemburgo seria campeão, o placar desse segundo jogo final foi, pra mim, exagerado.

Começando do começo, como deve ser feito, a Ponte entrou em campo com duas surpresas, César e Elias, e a falta de ritmo, ou até mesmo de condição ideal, dos dois prejudicou um pouco a equipe campineira que precisava tentar sufocar o Palmeiras mas não teve força suficiente para isso.

Foi uma partida chata. O Palmeiras, assim como fez no primeiro jogo das finais, neutralizou totalmente a Ponte Preta que mesmo com seu time titular não conseguiu furar o bloqueio alviverde. Ninguém tinha se esforçado tanto e nem tinha conseguido nenhuma chance clara de abrir o placar até Ricardo Conceição desviar a bola contra o gol de seu próprio time. A Ponte ainda tentou se manter viva, mas logo sofreu o segundo gol e a vaca terminou de ir pro brejo. Raríssimos os times que connseguiriam reverter aquela situação em pouco mais de 60 minutos de jogo. Como já havia feito no primeiro confronto e já vinha fazendo no segundo, o Palmeiras se manteve levando o jogo em banho maria até Valdivia, em uma jogada individual (uma das poucas que ele fez nos 6 últimos jogos do alviverde, curiosamente jogos decisivos) marcar o terceiro gol do Palmeiras. Em mais 4 minutos o placar já mostrava 5-0, tamanho o desinteresse e descrença da Macaca, o Palmeiras fez o quarto e o quinto gol do jeito que quis, sem ninguém incomodar e se apertasse poderia ter feito mais. Convenhamos, o jogo só tomou esse rumo por estar decidido. Renato, meia da Ponte confirmou que o time 'jogou por jogar' depois de sofrer o segundo gol.

Prova de que os campeonatos decididos em sistema mata-mata também podem sofrer com a total falta de emoção na última partida.

Não me venham falar também que o Palmeiras foi merecedor do título porque quem tinha que ser campeão mesmo era o Guarantinguetá, pela campanha da primeira fase. O Palmeiras levou, tudo bem, não há problema, mas até merecer existe uma certa distância.

sábado, 3 de maio de 2008

Palmeiras - Ponte Preta

A decisão do Campeonato Paulista é amanhã, como sabemos a Ponte precisa vencer o Palmeiras por 2 ou mais gols de diferença para alcançar o primeiro título de sua história, qualquer outro resultado dará o título ao Palmeiras depois de 12 anos.

A Ponte terá a volta de Eduardo Arroz e do meia Renato, segundo Sérgio Guedes, César capitão da equipe e Elias, pra mim o maior destaque da Macaca no Paulista, não jogarão, continuam machucados. A Ponte sofrerá, mais uma vez, com um meio campo com características mais defensivas do que ofensivas. Uma saída para substituir Elias e não perder tanta ofensividade, marca da Ponte na primeira fase do Paulista, seria colocar Danilo Neco, atacante de velocidade no lugar de Elias, ajudando a armação com Renato e no ataque lançar Luis Ricardo e Wanderley. A volta do camisa 10 vai ajudar o time de Campinas, mas Elias continuará fazendo falta.

É bastante difícil a missão da Ponte, mas o esporte é o futebol.

Enquete

A enquete foi finalizada domingo passado as 16 horas.

O resultado foi apertado e mostrou que as pessoas acreditam mais no Palmeiras, amanhã veremos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Corinthians 4 - Goiás 0

Por isso que o futebol é o esporte mais popular do mundo.

Não, não vou falar 'Quem diria que o Corinthians venceria por 4-0?', isso eu leio em qualquer lugar e aqui, não estamos em qualquer lugar.

Quem assistiu ao jogo, principalmente quem esteve no Morumbi, presenciou uma partida de futebol simplesmente inesquecível, de contar para quem quiser (ou não) ouvir daqui 20 anos. Daqui uns anos um pai que estava no Morumbi na quarta-feira com 13 graus, garoa e mais 51 mil pessoas contará a história a seu filho, ainda não muito entendendor do que significa o futebol e muito menos o Corinthians e ao lembrar do dia o pai se emocionará, passará o sentimento ao filho que ao final da história dirá: 'eu sou corinthiano'.

Os alvinegros se lembrarão da noite de Corinthians 5 - Cianorte 1, mas esse jogo abre a possibilidade para os rivais perguntarem: 'Quem é Cianorte?', e a mesma pergunta, trocando o Cianorte pelo Goiás, não caberá dessa vez, ainda porque em 30 minutos de jogo o Corinthians já vencia por 4-0.

Eu era um dos que desconfiavam da virada alvinegra, mas Mano Menezes mostrou ser realmente bom nesse tipo de situação. Não foi a primeira vez que virou um placar tão difícil e adverso, ano passado fez isso contra o Caxias na final do Campeonato Gaúcho e foi a partir daí que o Grêmio fez uma campanha muito além do que a qualidade de seus jogadores permitia.

Quarta-feira Mano escalou o Corinthians como o Grêmio do ano passado, num 4-4-2, as vezes 4-5-1, com um lateral equerdo que apoiasse bastante. No ano passado o Grêmio tinha Patrício na lateral direita, ele apoiava, mas não tanto quanto o Lucio, ex-Palmeiras, pela esquerda, que era quase um meia. No meio campo, dois volantes, Edmilson, Lucas, Sandro Goiano e Gavilan disputavam as duas vagas e dois meias, que quando o time perdia a bola se tornavam 3 meias, Diego Souza pela direita, Tcheco pelo meio e Carlos Eduardo pela esquerda, que se tornava um atacante quando o time tinha a bola e se juntava a Tuta.

Quarta-feira, contra o Goiás, Mano escalou dois volantes, Perdigão e Fabinho, um lateral direito que se matava em campo e atacava algumas vezes, um lateral esquerdo habilidoso, que parecia um meia quando o time tinha a bola e os 3 'meias', Lullinha na direita, Diogo Rincón no meio e Dentinho na esquerda, que ocupava o setor esquerdo do ataque quando a equipe tinha a bola e fazia companhia a Herrera enquanto Andrè Santos chegava armando o time pelo meio campo. Quando saia com a bola pelo seu campo de defesa, Carlos Alberto via Lulinha puxar a marcação para o meio e enfiava a bola no corredor que se abria a sua frente. Assim, e com uma marcação sufocante, que não deixava o Goiás dar 3 toques seguidos na bola, o Corinthians fez 5-0 em 35 minutos (o quinto gol não valeu, mas foi feito) em um dos jogos mais marcantes que eu vi na minha vida tamanho o 'amassamento' que o time de Mano Menezes fez com o de Caio Junior, por sinal, o mesmo técnico que comandava o Cianorte em 2005.

O Corinthians pode ter encontrado a força necessária para subir sem sustos para a Série A e Mano Menezes pode ter enxergado que pode jogar com 2 meias sem o time ser tão vulnerável. É esperar para ver.





quarta-feira, 30 de abril de 2008

Corinthians - Goiás

Daqui a pouco o Corinthians entra em campo no Morumbi para a difícil missão de vencer o Goiás por 2-0 ou por três gols de diferença.

Difícil porque esse time alvinegro já fez 23 jogos em 2008, sendo que tem 12 vitórias e apenas 34 gols marcados, o que dá uma média de 1,47 por jogo.

Dessas 12 vitórias, 5 foram por 2 gols de diferença. Guarani, Paulista, Barras, Guaratinguetá e Marília foram os adversários. De respeito, apenas o Guará.

Vai ser duro Corinthians.

Estarei no jogo para acompanhar, amanhã eu falo sobre a partida.

Ponte Preta 0 - Palmeiras 1

A primeira partida da final do Campeonato Paulista praticamente definiu quem será o dono da taça em 2008.

Sentindo grande falta de Cesar, Eduardo Arroz e principalmente Renato e Elias, a Ponte Preta não assustou o Palmeiras e perdeu por 1-0. Durante todo o primeiro jogo, o que pudemos ver foi o quanto o time alvinegro sentiu falta dos seus dois armadores. Renato e Elias foram os jogadores que fizeram a diferença para a Ponte durante toda a primeira fase do torneio. Dois meias, com características diferentes, que, portanto, combinam um com o outro por se complementarem. Sérgio Guedes escalou o time com 3 volantes e 3 atacantes, tentando fazer com que a bola chegasse rápidamente ao ataque, mas sabendo que não teria a mesma qualidade, não deu certo. Durante a primeira etapa a Ponte somente soube (pouco) assustar o Palmeiras em jogadas de bola parada, sua única saída era a ligação direta entre a defesa e o ataque, não tinha meio campo. O Palmeiras fez o gol com 20 minutos de jogo e depois apenas marcou (e muito bem) a Macaca. Se já não tinha qualidade suficiente para chegar ao ataque com força, com a marcação alviverde então foi pior ainda. Os comandados de Luxemburgo não deram espaço para a Ponte Preta nem no campo de ataque palmeirense.

No segundo tempo Giuliano, meia, entrou no lugar do lateral direito Raulen, tentando dar maior tranquilidade e principalmente qualidade ao time no momento de atacar. A bola começou a passar com maior tranquilidade pelo meio campo, mas não com a qualidade necessária e a Ponte passou o segundo tempo inteiro sem criar uma grande chance de empatar.

O Palmeiras foi o dono da partida e garantiu a festa de domingo no seu campo.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Palmeiras x São Paulo

Vou começar polemizando. Expliquem-me, por favor, por que o Palmeiras mereceu a vitória? Não consigo enxergar o motivo que leva toda a imprensa esportiva brasileira a dar essa opinião. O que vimos no domingo foi um jogo feio, com raríssimas chances de gol, em que as emoções ficaram mais pelo que cercava o jogo do que pela partida em si.

Até o Palmeiras abrir o placar em uma falha de Rogério Ceni, nada tinha acontecido na partida. E se não fosse essa falha, o jogo ficaria no 0-0 ainda, dificilmente alguém criaria alguma boa chance. Depois do gol, o SP tentou sair em busca do empate, mas o time claramente não estava preparado para atacar o Palmeiras. Até o fim do primeiro tempo o que se viu foi uma desordem tática do time tricolor e uma imensa calmaria do lado alviverde. Uma única chance de gol foi criada, naquela que parece ser a única forma do São Paulo chegar ao ataque: cruzamentos na área adversária. Adriano cabeceou uma bola que parecia ir para fora, mas bateu nas costas de Gustavo e Henrique isolou.

No segundo tempo o jogo foi praticamente o mesmo. Apenas com a maior presença da bola com o SP, e do SP no campo de ataque permitindo contra-ataques ao Palmeiras. Porém, apesar de precisar da vitória o time do Morumbi assustou em apenas dois lances. Uma cobrança de falta de Jorge Wagner que quase surpreendeu Marcos e em um lançamento de Hernanes para Adriano que ajeitou de cabeça para Borges, mas este nem teve tempo de finalizar porque Henrique tirou a bola na hora H. O Palmeiras teve 2 boas chances com Valdívia. Uma de frente para o gol de Rogerio, mas o arqueiro são-paulino fez a defesa e depois no contra-ataque que fez o gol e matou o jogo. Hernanes ainda finalizou da entrada da área para boa defesa de Marcos. Enfim, nenhum lance, durante todo o jogo, que fizesse alguém se queixar se a partida tivesse terminada em 0-0. Daí a questão, por que o Palmeiras foi merecedor da vitória?

Não, não foi. E nem o SP foi.

Uma coisa é vencer e outra é merecer. Merecer no futebol não quer dizer nada, mas o Palmeiras não mereceu vencer. Não quer dizer nada, pois venceu, mas não me venham falar que mereceu. Entenderam? Mais ou menos, né? Eu também fico confuso.

O que importa é que o alviverde está na final e dificilmente Luxemburgo perde títulos como esse.

Mais do clássico
Três assuntos ainda precisam ser lembrados.

Gramado
O primeiro parece que passa batido pela maioria das pessoas. No final do ano passado a direção do Palmeiras anunciou que o Palestra Itália ficaria fechado por alguns meses para reformas no vestiário, no gramado e para finalização de uma área de imprensa moderna. O gramado foi reformado, porém, 3 shows aconteceram depois da reforma e hoje o que era um gramado novo parece um pasto velho. Quanta incompetência. Inúmeros buracos, falha no gramado, jogadores machucados como a foto abaixo de Gustavo e Marcos define bem como está o novo campo do Palestra: "Cada queda é um bife que sai da perna".

Valdívia
Provocação tem limite. Primeiro, parece que as pessoas tem problemas com essa palavra. Quando Valdívia faz uma de suas provocações, que estão tornando-se comuns, ele faz para, como diz o dicionário, “fazer perder a calma; irritar, perturbar”, infelizmente no Brasil algumas palavras foram banalizadas pela falta de educação, respeito e civilidade que prevalece na sociedade. Fazer um sujeito perder a calma, se irritar, se perturbar é natural hoje em dia, faz parte da nossa vida. Nossos governantes fazem isso conosco e nós com nossos semelhantes. Esbravejamos, discutimos, brigamos, agredimos e matamos pelo trânsito, por uma palavra mal posta, por motivos banais, portanto, provocações, desrespeitos estão aí, livres, desimpedidos e o pior de tudo, ACEITOS como atitudes naturais das pessoas. Nem Valdívia, nem Renato Gaúcho e muito menos Romário tem o direito de mandar alguém se calar, ainda mais quando isso é feito com um profissional como ele. Renato Gaúcho já apanhou de Viola por isso e quase causou um tumulto trágico no Pacaembu no inicio dos anos 90 quando atuava pelo Botafogo. A torcida do Corinthians tentou invadir o campo para pegá-lo. A culpa seria de quem? Quando não existe motivo, não existe briga. Pra mim a culpa é de quem provoca, de quem causa. Valdívia está causando.

Serei sempre contra esse tipo de situação. A sociedade, já abandonada pelos governantes, precisa de bons exemplos de seus ídolos, não de atitudes mesquinhas e desrespeitosas como essas.

Só para lembrar, Tevez mandou a torcida do Corinthians ficar quieta em 2006 depois de marcar um gol contra o Fortaleza no Morumbi. Seu carro foi alvo de socos e pontapés provenientes daqueles que foram desrespeitados. Respeite para ser respeitado.

Gás
Não vou emitir opinião até que tudo seja esclarecido.

Velha enquete, nova enquete

Como foi dito aqui na semana passada, 80% das pessoas que votaram na enquete sobre quais times fariam as finais do Paulistão 2008 apontaram que o Palmeiras passaria, acertaram.

50% apostaram na Ponte contra o Guará, e outros 50% no Guará, é lógico. Deu Ponte. Aliás, Palmeiras x Ponte foi a final que eu apontei como a mais provável.

Agora vamos ver o que dizem nossos leitores sobre o título.

Quem leva?
. Palmeiras
. Ponte Preta

terça-feira, 22 de abril de 2008

Guaratinguetá 1 - Ponte Preta 2

Foi nessa partida que trabalhei no final de semana. Pela primeira vez estive em Guaratinguetá, cidade pequena, de 125 mil habitantes, que parecia estar absolutamente parada. Quem não estava no estádio, ou estava a caminho ou estava na janela ou na porta de casa olhando a movimentação dos torcedores do time da casa ou dos mais de 3 mil pontepretanos que invadiam a cidade da Garça.

Vamos falar um pouco sobre o jogo que, sem dúvida nenhuma, foi o melhor do Campeonato Paulista até agora.

Precisando da vitória, o Guará jogou em um esquema um pouco diferente do que vinha jogando. Sim, ainda eram 3 zagueiros, mas o time possuia 4 jogadores de meio campo, sendo 2 com características ofensivas, diferentemente do que vinha utlizando. Calma que eu vou explicar. O esquema foi o 5-3-2 (que muitos consideram 3-5-2), que em alguns momentos parecia mais um 4-4-2. Os quatro jogadores DE meio campo no time do Guará (não quer dizer que todos jogaram no meio campo) eram Alê, Magal, Nenê e Michael. O esquema armado por Guilherme Macuglia foi interessante. O lateral-direito Jackson jogou como zagueiro e marcou um dos dois atacantes da Ponte, o zagueiro Toninho foi sombra do outro atacante e Renato ficou na sobra. Com isso, Alê, volante de origem, foi deslocado para a lateral direia. Magal o único volante, marcou Renato e Nenê e Michael cuidavam da armação da equipe. O esquema funcionou, já que a Ponte se apresentou com 3 volantes e isolou Renato, Danilo Neco e Luis Ricardo no campo de ataque e se limitou a buscar os contra-ataques, nos quais era bem sucedida, lógico que ameaçava menos o gol do Guará do que a equipe da casa chegava próxima de Aranha.

Ao ver o Guaratinguetá abrir o placar imaginei o pior para a Ponte. A equipe da cidade vizinha de Aparecida tem bom sistema defensivo, e a Ponte jogava desfalcada de Elias, não tinha um substituto com as mesmas características e sofreria para armar boas jogadas. Mas em um ataque não muito eficiente o goleiro Fabio cedeu o escanteio e a Macaca se aproveitou para empatar a partida e retomar a vaga nas finais. Logo depois, Michael, destaque do Guará em todo o campeonato, perdeu um pênalti, e acabou se descontrolando emocioalmente e passou mais 40 minutos em campo sem fazer nada.

O time da Garça mostrou qualidades no ataque e criou inúmeras chances de gol mostrando que não tem apenas um bom sistema defensivo, encarou a Ponte com 3 volantes e criou boas chances de vencer a partida quando o placar apontava o empate de 1-1. A Ponte ainda ficou cerca de 35 minutos com um jogador a menos após a expulsão do bom lateral-direito Eduardo Arroz, ficou ainda mais defensiva quando o técnico Sérgio Guedes colocou o também lateral-direito Raulen (que fez uma belissíma partida) no lugar do atacante Danilo Neco, arrumando novamente o sistema defensivo e fazendo duas linhas de quatro para fechar o time deixando Luis Ricardo sozinho no meio de 3 zagueiros do Guará. Até que o ex-goleiro e atual técnico decidiu colocar Wanderley para tentar segurar a bola no campo de ataque junto com Luis Ricardo, já que a única jogada da Macaca nesse momento da partida era jogar a bola no centroavante, que apesar de dominar a maioria das bolas que recebia, perdia a posse pois não tinha com quem jogar e, menos de 5 minutos depois da alteração, a opção deu certo com Wanderley marcando o segundo e matando o jogo para a Ponte.

Merecida classificação, afinal, em 3 confrontos entre as duas equipes no Paulistão 2008 a Ponte venceu os 3, sendo dois em Guaratinguetá.

Vamos as fotos do Ninho da Garça, hoje temos muito mais fotos do que o normal (lembre-se, clique na imagem para vê-la em tamanho maior):

Chegada da torcida da Ponte Preta ao Ninho da Garça:


Área de imprensa do estádio. Vejam que algumas câmeras estão logo a frente, fora das cabines. Não existem cabines suficientes, a direção do Guaratinguetá separou 3 degraus das numeradas para a imprensa. Não é o ideal, mas deu certo.


Ponte inicia o aquecimento. Ao fundo a arquibancada da torcida da casa.


Guará também aquece ao fundo.


Visão diferente do aquecimento do time da Garça.


Õutra visão da torcida da Ponte, 3 mil pessoas foram de Campinas a Guará.


Visão das cabines de imprensa e da numerada do estádio.


Ponte e sua macaca aguardam o Guaratinguetá tirar fotos para dar início a execução do Hino Nacional.


Tudo pronto para o pontapé inicial da partida. Sérgio Guedes em pé a frente do banco de reservas da Ponte na parte debaixo da foto.


Torcida da Ponte faz a festa esperando a classificação para a final do Campeonato Paulista depois de 27 anos.


Torcida da Ponte durante confusão com a PM que durou quase 30 minutos.