quarta-feira, 19 de março de 2008

A influência da TV no futebol

Desde 1994 a televisão vem ganhando força no futebol.

Há anos vêm se discutindo o uso das imagens durante os jogos, para momentos de dúvidas da arbitragem, como impedimentos, gols, faltas, agressões que passaram despercebidas pela visão dos 'homens de preto' do futebol.

Há algumas semanas a FIFA decidiu, definitivamente, que não usará a tecnologia. Bola com chip, câmeras na linha do gol, replay instantâneo, essas coisas não serão nem mais testadas, muito menos usadas.

Porém, para reconhecer erros da arbitragem e agressões, as imagens ainda serão utilizadas. No Brasil, os times grandes estão perdidos. Em jogos de equipes como São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Santos, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional, o número de câmeras que estarão 'fiscalizando' erros de arbitragem ou agressões de atletas serão sempre mais vistos nas equipes grandes. Em um jogo entre Ituano x Sertãozinho, com menos câmeras, consequentemente menos fiscalização, um erro ou uma agressão passará sem punição.

Os grandes pagarão esse preço.

O futebol precisa das agressões? O Kleber precisava ter dado a cotovelada no André Dias? O Jorge Wagner precisava ter dado um chute no Valdivia? Que tipo de companheiros de profissão eles são? O mundo não é apenas violento entre as torcidas, na favela, nas ruas, no Iraque... dentro do campo os jogadores também dão péssimos exemplos. Eu queria que não fosse necessária a utilização das câmeras para isso.

Enquete finalizada

A enquete do blog foi finalizada. Os internautas apontaram o Santos como o grande clube que ficará de fora da segunda fase do Campeonato Paulista. Em duas semanas saberemos.

O resultado será mantido aí do lado direito até o fim da fase de classificação.

terça-feira, 18 de março de 2008

Palmeiras x São Paulo

Apesar dos inúmeros problemas para montar o time, o São Paulo equilibrou a partida e podia ter saído com a vitória no jogo de Ribeirão Preto.

O jogo teve momentos de superioridade das duas equipes, tanto no primeiro quanto no segundo tempo e o empate não teria sido um resultado injusto. O Palmeiras tem um time que 'joga' com a bola nos pés, faz tabelas, aproxima os jogadores e procura passes rápidos, curtos e rasteiros, e por isso acabou prejudicado pelo péssimo estado do gramado.

Apesar de ser um time que possui na jogada aérea sua maior qualidade, o São Paulo também possui jogadores de boa técnica que acabaram não jogando o que podiam devido ao campo de jogo. Adriano, entretanto, jogador que usa mais sua força física se aproveitou e conseguiu se destacar no jogo de domingo.

Apesar do Palmeiras ser considerado favotiro antes do jogo, com as chuvas em Ribeirão, o São Paulo podia levar uma leve vantagem. Até o jogo de domingo o tricolor do Morumbi tinha feito 21 gols no Campeonato Paulista, sendo 11 de bola parada e 10 de bola rolando. Desses 10 com a bola rolando, 3 foram em bolas alçadas para a área. Em um campo encharcado, a tendência de se cruzar a bola na área adversária é maior, e foi assim que o São Paulo abriu o placar.

O restante do jogo vocês sabem como foi, mas existe um detalhe que pode ter decidido a partida. Aos 27 minutos e 27 segundos do segundo tempo, Adriano perdeu um gol cara a cara com Marcos, tento daqueles que não se pode perder. Quatro minutos depois, aos 31, Junior fez pênalti em Valdívia e a vitória que esteve próxima do São Paulo foi conquistada pelo Palmeiras. Um lance define a partida. Não concordo que o placar foi justo, 4-1 foi muito, mas poderia ter sido o contrário se o Adriano tivesse feito o segundo gol do SP.

Também não acho que 'pintou o campeão'. O Palmeiras desde o começo já era um dos favoritos, vem crescendo, como era previsto, mas ainda não está pronto. O SP vai sofrer bastante esse ano, o time não está encaixando e se o Muricy não tiver coragem de trocar alguns jogadores que estão em campo mais pelo nome do que pelo futebol, não vai assustar ninguém em 2008. É Muricy, você que é o bravinho das coletivas de imprensa, que diz que 'aqui não tem pressão', 'aqui é diferente', que você é preparado e é de alto nível, chegou um momento mais delicado, veremos como você vai se sair.