sexta-feira, 9 de maio de 2008

Flamengo 0 - América MEX 3

O que aconteceu na quarta-feira, no Maracanã, é inacreditável e INCONCEBÍVEL.

Repito, inconcebível. Um dos maiores times do mundo não pode ser eliminado dessa forma da principal competição que participa no ano. O Flamengo viveu um ano de 2007 difícil, beirava a zona do rebaixamento no começo do Campeonato Brasileiro, mudou de técnico, viveu uma crise grande e teve uma recuperação ainda maior, que culminou com toda aquela alucinação no futebol nacional com a torcida rubro-negra lotando o Maracanã e ajudando a equipe a chegar na Libertadores.

Foi feito um imenso sacríficio para alcançar a competição sul-americana. A diretoria manteve a maioria dos jogadores, a comissão técnica, contratou jogadores em outubro de 2007 para só jogarem em 2008, se vangloriou do planejamento. O time fez sua parte em campo, teve a segunda melhor campanha da primeira fase da Libertadores, foi campeão carioca, enfiou 4-2 no América dentro do Estádio Azteca e conseguiu ser eliminado na partida de volta dentro do Maracanã.

Nesse momento eu gostaria de fazer 7 meses de silêncio, porque um minuto para essa tragédia é muito pouco.

Não pode um time como o Flamengo, com essa tradição, já campeão da Libertadores, com essa torcida, ser eliminado dessa forma. Depois de ganhar de 4-2 fora de casa, perder de 3-0 no Maracanã com 50 mil pessoas, para o América do México, time tradicional, mas que está em último no Campeonato Mexicano, com 3 vitórias em 17 jogos. Não pode.

E vem um e fala 'Ah, mas é o futebol'. Tem limite. Perder de 3-0, dentro de casa, sabendo que poderia perder por 2 gols de diferença é inadmissível. Sabemos o quanto foi difícil o Corinthians e o Inter vencerem Goiás e Paraná, respectivamente, por 2 e 3 gols de diferença, e eles ainda jogaram em casa, com sua torcida. O América estava fora do seu país, tendo que jogar no palco preferido da torcida do Flamengo, com todo o planejamento, dedicação e investimento que o time carioca fez para essa Libertadores.

O pior é ouvir ainda o Joel Santana falar no vestiário que são coisas do futebol. Sim, são coisas do futebol amador, sem compromisso, sem investimento. O futebol não é como todos os outros esportes, permite esse tipo de absurdo, mas o Flamengo não podia ter feito o que fez. Não podia fazer festa por título, festa de despedida para o técnico antes da partida. O clima de festa contagiou a todos, inclusive o América, que foi o principal protagonista do baile.

Joel ficou meses fazendo um trabalho bonito, raro no Flamengo. E na sua última cena conseguiu fazer algo ainda mais raro, ainda mais inesquecível, pena que negativamente.

E no dia seguinte, Kleber Leite, diretor do Flamengo ainda disse "aqui não fazemos caça às bruxas". Isso Kleber, ninguém pode ser responsabilizado por esse vexame. Talvez seja por isso que seu time já não tem o mesmo respeito de outros tempos.

Histórico Flamengo!

2 comentários:

Anônimo disse...

O que aconteceu na noite de quarta-feira foi algo surreal no futebol brasileiro. Flamengo, time de tradição, raça, amor e paixão, time da moda no Brasil, da mídia e do exemplo de torcida, simplesmente virou um time comum. Não tem outro termo ou uma palavra que defina o Flamengo na atual conjuntura. Mas para mim tudo se resume ao futebol carioca, “exemplo” de organização e campeonatos. Prevejo um futuro tenebroso para os clubes cariocas neste brasileirão.

leo-qa disse...

Não se pode esquecer do River que também perdeu a vaga quando deixou o San Lorenzo empatar, mesmo estando com 2 a mais. Por isso a Libertadores é a competição que é...